Falta dois dias para terminar o ano, ele estar indo embora e agente nem percebeu, diante do fato inescapável de que o tempo vai passando e às vezes não deixa pedra sobre pedra, senti certa atração para fazer um balanço deste ano que se finda como cidadão Guamareense e como blogueiro, para ver a soma das coisas que andei fazendo e o que restou referente ao cotidiano, ao cenário politico dentre outras avalições se de fato valeu apena.
Mas não se assustem: é apenas um breve relato do esforço de tentar construir e ajudar a fazer as coisas acontecerem no município de Guamaré, com acertos e com erros. Além do que, prefiro olhar para frente a mirar para trás sempre sendo um formador de opinião, isto de mim somente Deus tira. Fiz por Guamaré neste ano o que poderosos da politica do município não tiveram a ousadia de fazer, mas fiz pesando no povo e no melhor para a cidade, não quis e não pretendi se promover, eu não preciso, como disse no preâmbulo, formo minha opinião seja qual for a situação como forme e gerou polêmica neste ano que se finda.
Opinião é feito navio: a gente não abandona, afunda com ela se for preciso. Os trilhos da vida, porém, não são tão paralelos. Crescemos, aprendemos, e de repente aquela bitolinha fica estreita demais, e o caminho traçado, que acreditávamos tão exclusivo, revela-se apenas um, entre tantos. É hora de mudar. Mas, apesar de ser um ato inteligente, qualquer mudança de opinião encontra grandes resistências como o titular deste espaço tem encontrado nestes quatro meses de criação do blog.
Toda mudança e questionamento causam conflitos. E isto porque toda mudança implica em avaliação, julgamento. Se hoje penso de um jeito a respeito de determinada coisa e amanhã decido mudar, será necessário reconhecer que meu pensamento estava errado, ou que, pelo menos, tornou-se errado em determinado momento. Será preciso reconhecer meu próprio erro. E quantos gostam disso?
E numa luta, por menor que seja, temos sempre duas possibilidades: ganhá-la, ou perdê-la. Podemos, por causa de uma opinião, perder o afeto ou até a estima de pessoas a nós ligadas. Podemos dialogar, convencer, mas corremos sempre o risco de subitamente perder a aceitação do outro e abrir distâncias insuperáveis. O medo dessa possível perda está presente, ainda que nem sempre conscientizado, ao enfrentarmos o processo de uma mudança de opinião.
É fato preciso de Deus de mais energia para derrubar a reação ainda compacta contra nosso gesto em 2012. Ou, mais prudentes, chegamos à mudança quando um maior número de evidências se acumula e já encontramos vozes em que nos apoiar. Tempo e momento, cada um faz o seu. Importante é a convicção.
Taí uma palavra sem a qual se invalida tudo o que dissemos: convicção. Esta é a alavanca fundamental para qualquer, verdadeira, mudança de opinião. Mudar de opinião por insegurança, para acompanhar os outros, para não ficar por fora, pode fazer de nós figuras patéticas.
Mas opinião não é honra, opinião não é jura, opinião não é sobrenome, carga genética, nada que não se possa mudar. Se hoje você diz uma coisa, e amanhã percebe que não concorda mais com o que disse, pode não se tratar de inconstância, mas de lucidez. Isso, é claro, se depois de amanhã você não pensar de outra maneira, e no dia seguinte tornar a mudar, como uma ventoinha.
Eu acredito em Deus e depois no dom que ele me deu, tendo os dados e a capacidade de análise, que não me falte ainda assim a humildade de pedir explicações. Não entender, ou entender mal, é direito do qual não abro mão. E é contingência da qual não devo me envergonhar. Quando alguma verdade ou suposta verdade me for servida em belo prato, nunca começar a comê-la sem antes verificar os ingredientes de que se compõe.
Assim talvez seja mais possível o acerto nessa galeria de espelhos que o mundo se esmera em fabricar para nós. Assim, pelo menos, mesmo errando, poderei chegar a uma conclusão que seja a minha, e que eu tenha não só forças como prazer em defender o que acho e penso sobre o cotidiano e sobre o cenário politico Guamareenses. Desejo um ano de 2012 de muitas conquistas e realizações, mas não se esqueça de sempre expressar aquilo que você acha e bote para fora o seu sentimento, sendo ele fundamental para o inicio de qualquer mudança.
Apesar de todas as adversidades vividas em 2011, este ano que se finda tenho como positivo, pois além de ter uma família que me apoia, tenho amigos que pensam iguais a este titular, tenho certeza que 2012 será um ano de vitória para o povo Guamareense.
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